sábado, 23 de julho de 2011

Tradição Religiosa Cristã

No capítulo 15 do Evangelho de Mateus, os fariseus estão na presença do Senhor Jesus Cristo questionando-O acerca do descumprimento, por parte dos discípulos de Jesus, da tradição religiosa vigente. Ainda hoje é assim. “Os fariseus” (religiosos) estão sempre exigindo dos fieis da sua religião obediência cega à tradição religiosa.

Numa sociedade moderna e democrática, existem parâmetros que normatizam as relações do governo com o povo, o inverso e o povo com o povo. Esses norteadores são a Constituição e seus desmembramentos (Código Penal, Processual, etc).

Da mesma forma ocorre na religião. Por exemplo: o norteador da religião Espírita é o livro dos espíritos de Allan Kardec que deu início ao espiritismo moderno ao passo que no Islamismo, o Alcorão é quem fundamenta a fé islã.

No Cristianismo, a Bíblia é quem norteia a fé dos seus seguidores. Mas o que fazem os religiosos? Tentam impor tradições humanas que são totalmente contrárias aos ensinos bíblicos.

Voltando ao capítulo 15 de Mateus, versículo 3, o Senhor Jesus, em resposta ao questionamento do fariseu, pergunta: “por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?” No versículo 6, parte b, Jesus reforça o seu ponto de vista e diz: “E assim invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição”. No versículo 8, Jesus faz uma citação do Livro do Profeta Isaías, 29:13: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”  

A tradição tem de fato invalidada a Palavra de Deus no mundo Cristão atual. É só assistir a um programa televisivo ou se fazer presente a um desses encontros e confrontarem o que vê e ouve com a Bíblia e você perceberá as aberrações teológicas que são pregadas e impostas aos incautos.

Jesus Cristo intitula a esses que enganam o povo, que deturpam e anulam a Palavra de Deus com tradições humanas, que impõe uma carga que nem eu nem você conseguimos suportar de: “...cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco” (Mat 15:14).

Na época dos Apóstolos, logo após a morte física do Senhor Jesus, o inimigo de Deus já semeava doutrinas falsas no meio do povo. O apóstolo Paulo, que praticamente doutrina o Cristianismo nas suas 14 Cartas (o Novo Testamento contem 27 livros, dos quais 14 foram escritos pelo apóstolo Paulo), já alertava o povo que morava na Galácia (centro norte da Ásia menor) e porque não dizer a todos e em qualquer tempo, das falsas doutrinas (ai está inclusa a tradição): “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho” (Gálatas 1:6) – e complementa no versículo 8 do mesmo capítulo: “Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (maldição).

Na primeira Carta escrita ao povo que morava em Corinto 4:6b, Paulo disse: “não ultrapasseis o que está escrito, a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro.

No último livro da Bíblia, escrito pelo Apóstolo João, inspirado pelo Espírito Santo, como toda a Bíblia é, o Senhor Jesus faz uma séria advertência: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele às pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22;18-19).

Rogo a Deus que o Santo Espírito de Deus, que convence o homem do pecado, da justiça, e do juízo (João 16:9) habite em seu coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário