domingo, 6 de novembro de 2011

A origem da Igreja

O grande mistério de Deus, agora revelado, é que gentios e judeus são reunidos em um só corpo, a igreja (Efésios 3:1-21). A igreja, fundada 50 dias após a morte de Jesus Cristo, no dia de Pentecostes, teve início com a descida do Espírito Santo (Atos 2:3). Jesus Cristo é o Senhor da igreja e seus membros são sujeitos a Ele (Efésios 5:24).
O Livro de Atos dos Apóstolos mostra claramente como se deu o início da formação da Igreja Cristã e a sua expansão. Inicialmente o Evangelho foi pregado aos Judeus, mas ao passo que mais e mais gentios eram convertidos (Deus não faz acepção de pessoas – Atos 10:34), a Igreja foi se diferenciando e se separando do Judaísmo. A mensagem principal do Evangelho, pregada por Paulo e os demais Apóstolos, era que todos deveriam se arrepender dos pecados cometidos, mudar de vida (abandonar a pratica do pecado - conversão), confessando Jesus Cristo como Messias, para serem cancelados os pecados e, na presença de Deus, venham tempos de refrigérios (Atos 3:19-21), pois, “não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). Note bem, em nenhum outro há salvação, exceto Jesus Cristo.
 Até o terceiro século não havia denominação religiosa Cristã, apenas homens movidos pelo Espírito Santo, que se reuniam de casa em casa ou no templo, perseveravam unânimes na fé na obra redentora de Jesus Cristo (Atos 2:46). Não havia nenhum necessitado no meio Cristão, pois os que possuíam terras ou casas vendiam e entregavam os valores aos apóstolos para que fossem distribuídos entre os irmãos (Atos 4:32-37). Por causa do Evangelho, muitos Cristãos foram perseguidos, presos, torturados e exilados (Atos 4 - 7:54-60 - 12).
Os discípulos iniciam as viagens missionárias com o intuito de pregar a Palavra de Deus nos confins da terra (Atos 13). Nesse período da história, surge, então, o primeiro conflito acerca dos ensinamentos de Cristo (doutrina) entre os discípulos. Alguns irmãos ensinavam que se o novo convertido não fosse circuncidado, segundo o costume de Moisés, não podia ser salvo (Atos 15:1). Um segundo ponto, que também partia dos judeus, discutia se deveria haver contato social irrestrito entre os crentes judeus e gentios. Esses assuntos provocaram a realização do primeiro Concílio. Esse Concílio foi realizado na sede da igreja, e a sede da igreja era em Jerusalém (Atos 15). Nesse Concílio, conforme Atos dos Apóstolos 15:13  em diante, quem deu a palavra final foi o Apóstolo Tiago.
No ano 313 da nossa era, o imperador romano chamado Constantino, se converteu ao cristianismo. Em função disso, a expansão do cristianismo foi facilitada e a liberdade ao culto foi estabelecida. O imperador Constantino uniu o Estado e a Religião e no âmbito religioso criou a figura do papa (que em italiano significa papai. A Bíblia diz que “a ninguém na terra chameis de vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus” – Mateus 23:9), surgindo daí, o início da denominação Católica (universal) Apostólica (vem dos Apóstolos de Cristo) e Romana (a sede dessa denominação seria Roma).
Em 1054 a igreja Cristã de Constantinopla (ortodoxa) rompe com o papa. Em 1517 o teólogo alemão Martinho Lutero revoltou-se contra a prática da venda de indulgências (perdão de pecados promovido pela igreja) e passa a professar que a salvação do homem só é obtida pela fé na obra salvadora de Jesus Cristo. Daí surge o movimento chamado de Reforma Protestante. Em 1533, o rei da Inglaterra Henrique VIII pediu divórcio. Como o papa Clemente VII negou, Henrique VIII cortou relações com Roma e se declarou chefe de uma nova igreja (denominação) – a igreja Anglicana.